sábado, 18 de junho de 2011

Notícia sobre a MOL na Sic Notícias Online

A Marcha do Orgulho Gay, que vai na sua décima  segunda edição, sai no sábado novamente à rua pela defesa dos direitos das  pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT), mas com a parentalidade  em pano de fundo. 
Contactado pela Agência Lusa, o presidente da ILGA Portugal (Intervenção  Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero), uma das instituições envolvidas  na organização da marcha, explicou que a iniciativa procura, uma vez mais,  chamar a atenção para o combate à discriminação. 
"O objetivo é sempre que seja possível dar mais passos na luta contra  a discriminação, em função da orientação sexual e identidade de género,  nomeadamente em questões que passam, por um lado, pelo reconhecimento da  parentalidade aos mais diversos níveis e aí temos questões que vão da adoção  à co-adoção, até à procriação medicamente assistida", adiantou Paulo Côrte-Real.
Juntamente com estas questões, o dirigente da ILGA Portugal sublinhou  ser necessário ainda a aposta na educação e na formação "para garantir uma  mudança sustentada na sociedade". 
"Temos de qualquer forma noção de que há cada vez mais pessoas e mais  organizações a partilharem esta luta e isso é um sinal extremamente positivo,  porque de facto esta causa é uma causa aberta e é uma causa de todos nós",  apontou Côrte-Real, salientando que a iniciativa envolve 21 organizações.
O presidente da ILGA Portugal lembrou que a Marcha do Orgulho Gay é  feita para "celebrar" a igualdade, a liberdade e a solidariedade, que são  os motes do evento deste ano. 
Salientou que a iniciativa é aberta a todas as pessoas que "se reveem  naqueles valores, valores que são comuns a todos e que é fundamental promover".
No que diz respeito à parentalidade, Côrte-Real lembrou que as famílias  LGBT já são uma realidade e que as crianças que estão no seio dessas famílias  "exigem exatamente a mesma proteção que é dada às demais". 
"É nossa obrigação e é nossa responsabilidade garantir essa proteção  e isso passa por reconhecer as famílias que existem e por atribuir, naturalmente,  reconhecimento legal a essas famílias", defendeu. 
Côrte-Real sublinhou que a "parentalidade não tem só a ver com adoção,  mas tem também a ver com a questão da procriação medicamente assistida e  com a questão da proteção das crianças que já existem", pelo que é necessário  que "a discussão seja feita com seriedade"
A Marcha do Orgulho Gay do ano passado contou com a participação de  mais de cinco mil pessoas que, pelas ruas de Lisboa, pediram o direito de  todos seguirem as suas opções sexuais, sem discriminação. 
Este ano, a marcha sai do Príncipe Real, passa pela rua D. Pedro V,  rua de São Pedro de Alcântara, largo Trindade Coelho, rua da Misericórdia,  largo do Chiado, rua Garret, rua do Carmo, Rossio (lado do Arco do Bandeira),  rua da Betesga e termina na praça da Figueira (espaço pedonal central). 


http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2011/06/17/marcha-do-orgulho-gay-quer-chamar-a-atencao-para-a-parentalidade

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